Mesa Redonda do Vº Encontro - Ensinar Enquanto Exposição ao Outro
Título: Encontrar abrigo no albergue da escuta
Ementa: Demorar-se atenciosamente diante daquele que fala; escutar o outro enquanto expressão de um ‘nós’, em oposição ao ‘tu’. A escuta como manifestação ética da alteridade e da empatia, bem como, ato de resposta à censura e à coerção do dizer. Da ausência de tempo para acolher aquele que fala, do “entrar por um ouvido e sair pelo outro”, ao abrigar-se no refúgio do albergue do encontro entre ‘nós’.
Título: Ensinar e Aprender: narrar-se e ressignificar-se no encontro com o outro.
Ementa: Refletir sobre o papel da Escola Básica enquanto espaço virtual e presencial de transformação, em tempos de vulnerabilidade humana global, devido ao Covid-19. Diante dos desafios e retrocessos econômico-sociais que estamos atravessando, viver e proteger ao outro, protegendo-se, tornou-se um ato de resistência. Desde 2020, a vida entrelaçou, com maior ímpeto, as narrativas e as práticas escolares dos professores, dos servidores, dos estudantes e das famílias. Sensivelmente, apoiamo-nos e dialogamos, uns com os outros, para nos autoconhecermos e ressignificarmos a nossa existência. No entanto, essas ações se revelaram como um dos nossos maiores desafios de enfrentamento a pandemia e de sobrevivência da humanidade.
Título: Os "outros" na Educação, quem são e o que dizem de nós?
Ementa: O tema do “outro”, historicamente, aparece como o grande interrogador de processos sociais e culturais que se colocavam como estabelecidos e até mesmo inquestionáveis. Nesta fala mesclo reverberações de uma pesquisa de doutorado com práticas psicológicas realizadas no campo da Educação, espaço no qual a emergência do outro, por vezes, aparece como algo exótico, estranho, abjeto, indesejável. Espero contribuir para a reflexão sobre o lugar do “outro" na Educação, sobretudo para tentarmos pensar nas interpelações advindas do campo do gênero e da sexualidade. Uma hipótese acompanha essa reflexão: o que qualificamos de “outro”, a depender de como o fazemos, diz muito mais de nós mesmos do que daqueles aos quais nos referimos. Coloca-se então a necessidade de criar espaços na Educação que ajudem a repensar posições naturalizadas e excludentes a respeito da diversidade humana.