2ª Mesa de Discussão do I Circuito de Palestras do Curso de Pedagogia EAD/UAB/UFSM
1ª Conferência: Prof. João Heitor Silva Macedo (UNIPAMPA)
Título: Cultura, Educação e ensino para o combate ao racismo. Narrativas da Lei 10.639/03.Ementa: Problematizar a realidade social de negros e negras no Brasil, nos últimos 40 anos e como essa história narrada é atravessada por outras narrativas, pela cultura, educação e o ensino. Identificando na História da Educação no Brasil como ocorreu o processo de criação da Lei 10.639/03 seus referenciais teóricos e como os referenciais teóricos de ancestralidade africana contribuem para um debate critico acerca do tema. O tema dialoga com uma reinterpretação epistemológica do ensino histórico pautado pela pesquisa (auto)biográfica com o objetivo de combater o racismo e, desta forma, percebendo as contradições formativas e a necessidade de reelaborar a forma de ensinar e aprender.
2ª Conferência: Prof. Felipe Bragagnolo (UFBA)
Título: O Desdobramento da Violência Ética na DocênciaEmenta: Qual a relação existente entre docência e violência ética? Dito de outro modo, seria possível ao docente negar ao chamado ético de outrem? Parece-nos que, ao não rompermos com o paradigma do homem enquanto sujeito racional ou sujeito pensante fortalecido na modernidade, nós não conseguiremos pensar e agir com a devida radicalidade que a proposta de uma educação libertadora e emancipadora requer. Se na educação ainda ocorre o predomínio de uma proposta técnica e de reprodução do saber; se os pedagogos que estão em processo de formação ainda pensam a educação enquanto um sistema de transferência e acúmulo de conhecimentos, podemos constatar que caminhamos na trilha ética da negação da existência do outro. Pretendo, assim, argumentar de modo favorável a tese de uma educação revolucionária quando invertemos o paradigma da modernidade, colocando como ponto de partida existencial da humanidade o imperativo ético da sensibilidade. Em oposição ao sujeito ensimesmado, que reduz o outro a si mesmo, desejo defender, a partir da fenomenologia, a tese da subjetividade humana atravessada geneticamente pela vulnerabilidade e exposição ao absolutamente outro. Quando menos esperamos, ao modo de um ladrão, de uma doença, tal como a Covid-19, ou da morte, o outro aparece e fragmenta o nosso tempo. Deste modo, parece-me justificável pensar à docência como o espaço privilegiado de resposta ao apelo constante e violento que o outro exerce sobre mim.